terça-feira, 28 de agosto de 2012

A LEBRE E A TARTARUGA

      A lebre vivia a se gabar de que era o mais veloz de todos os animais. Até o dia em que encontrou a tartaruga. – Eu tenho certeza de que, se apostarmos uma corrida, serei a vencedora – desafiou a tartaruga.
      A lebre caiu na gargalhada.

      – Uma corrida? Eu e você? Essa é boa!
      – Por acaso você está com medo de perder? – perguntou a tartaruga.
– É mais fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para você – respondeu a lebre.
      No dia seguinte a raposa foi escolhida para ser a juíza da prova. Bastou dar osinal da largada para a lebre disparar na frente a toda velocidade. A tartaruga não se abalou e continuou na disputa. A lebre estava tão certa da vitória que resolveu tirar uma soneca. “Se aquela molenga passar na minha frente, é só correr um pouco que eu a ultrapasso”, pensou.
     A lebre dormiu tanto que não percebeu quando a tartaruga, em sua marcha vagarosa e constante, passou. Quando acordou, continuou a correr com ares de vencedora. Mas, para sua surpresa, a tartaruga, que não descansara um só minuto, cruzou a linha de chegada em primeiro lugar.
    Desse dia em diante, a lebre tornou-se o alvo das 

 chacotas da floresta. Quando dizia que era o animal mais veloz, todos lembravam-na de uma certa tartaruga...
    Moral: Quem segue devagar e com constância sempre chega na frente.

                
 (La Fontaine, Jean de. Fábulas de Esopo. São Paulo: Scipione, 2000. Adaptação: Lúcia Tulchinski)

 TEXTO COLETIVO

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